Na tarde do último domingo, o clássico de volta entre Toca e Sai e União, válido pelas quartas de final da primeira divisão de Del Castilho, terminou novamente empatado. No primeiro dos dois confrontos da fase, na semana passada, o resultado final foi de 1 a 1. Dessa vez o marcador terminou em 2 a 2 no tempo normal, e a partida teve de ser decidida numa disputa por shoot-out tumultuada. No fim, a vaga na semifinal ficou com o Toca e Sai.

Antes dos desentendimentos nas cobranças decisivas, a partida foi de muita qualidade com a bola rolando. O União conseguiu abrir uma diferença de dois gols no primeiro tempo. O primeiro gol foi com Ruan, aos nove minutos, com um chute do meio da rua que achou o cantinho da meta oposta. O outro gol da equipe amarela foi de Yago, aos 20, também de fora da área após arrastar a bola da lateral para o meio e finalizar com precisão.

No segundo tempo, a reação do Toca e Sai aconteceu. O gol que colocou o time de volta à disputa foi de Leléo, aos 13 minutos. Após pênalti cometido pelo União, o camisa 2 chamou a responsabilidade e não desperdiçou a chance. O empate veio aos 21, com Michel, que ajeitou a bola na canhota de fora da área e fez um bonito gol.

A partida foi para o shoot-out, e ficou marcada pelo tumulto em cima da última cobrança da equipe do União, que decidiria o jogo. O árbitro José Carlos assinalou que o cobrador chutou a bola após o apito do árbitro Eduardo Duda, que marcava o tempo de cinco segundos, e encerrou a partida com a vitória do Toca e Sai. Foi quando um dos gestores da Superliga, Guilherme Linhares, que estava filmando a disputa, mas não estava como representante da partida, reviu o vídeo e mostrou o mesmo à arbitragem.

O infeliz erro ficou comprovado sobre a não validação do gol após essa conversa entre os dois árbitros e o gestor. Então foi proposta uma conversa entre os gestores do União e Toca e Sai com os árbitros para a verificação do vídeo, e uma longa discussão teve início no gramado. Mas, como o uso de qualquer ajuda externa desse tipo é proibida no Fut7, a única forma de voltar à disputa seria a concordância do gestor do Toca e Sai sobre o erro. O mesmo gestor não concordou, e a vitória da equipe foi mantida.

Só que no meio disso tudo, os jogadores do União, que estavam perto da conversa entre os árbitros e Guilherme, gritaram exaltados que o jogo teria de voltar. A mesma exaltação ocorreu por parte de atletas do Toca e Sai, quando Guilherme foi chamá-los para voltar ao gramado para uma conversa entre os gestores. Após uma recusa geral dos atletas do Toca e Sai, Guilherme foi ofendido e ameaçado por três deles.

O tumulto se criou por conta da falta de conhecimento e informações erradas passadas entre os atletas de cada time, o que tornou impraticável a junção dos gestores das equipes envolvidas para que o erro fosse debatido e consertado naquele momento. Passado o tumulto e à luz das regras do Fut7, fica reconhecida a classificação da equipe do Toca e Sai e algumas medidas punitivas ficam aqui explicitadas: os atletas Thiago Formiga e Marcos Paulo estão suspensos por dois jogos, e Davi Ribeiral por um, devido às ofensas e ameaças feitas na confusão. O árbitro José Carlos Rezende fica suspenso por 15 dias das partidas da Superliga F7.